Acabo de ler na edição do Jornal o Globo que somente hoje, pelo menos oito policiais estão entre os mortos e feridos da guerrilha urbana que se instaurou no Rio de Janeiro de 1982 pra cá.
Certa vez ouvi de um colega policial uma frase muito interessante: "só quem gosta da polícia é a mãe e a mulher do policial", sei que há um enorme exagero na expressão, mas basta ver como o judiciário encara a morte de um policial em serviço e a morte de um jornalista ou a morte de um cientista por exemplo... vou ser rápido, pois já fui admoestado por alguns companheiros do curso por ser prolixo demais... então vou ser rápido nos meus exemplos: Tim Lopes foi morto fazendo seu serviço, virou herói nacional e seus assassinos viraram inimigos públicos nº1 do Estdo...no mesmo dia um Policial em serviço perto dali foi morto e passou a ser mais um... Outro exemplo? Fiscais do Trabalho em Minas e Cientistas na Base de Alcantara/MA X Policial Federal de 27 anos assassinado dentro de um helicóptero em Pilão Arcado/Bahia... nos dois primeiros casos (cientistas e fiscais) as famílias foram indenizadas, o filhos receberam Bolsa Formação até a Universidade...no segundo caso a justiça considerou que "quem presta concurso para uma profissão desta já sabe o risco que está correndo"; ou seja todo policial é suicida?
Mas uma...Não terminei o curso ainda, mas em diversas referências sobre a Polícia, nos primeiros capítulos, percebi forte tendência a imputar o entendimento de que é uma corporação truculenta, que não respeita a sociedade, que tortura, que mata, que faz e acontece...Isso não estaria de certa forma ferindo a dignidade da pessoa humana do policial? Generalizar este comportamento de uma minoria, não fere à maioria que executa um bom serviço e em grande parte com remuneração não condizente àqueles que, com o sacrifício das próprias vidas, diariamente zelam pela ordem pública e paz social?
Pensem bem e me digam?
obrigadaaaa
